manifesto
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Somos um coletivo de periferia. Somos desenrolados e desenrolamos.
Desenrola e Não Me Enrola é afirmação.
Desenrolar é verbo, é ação, movimento, mudança.
Desenrola é descentralizar.
As periferias são plataforma de conhecimento que há mais de 500 anos são afetadas pelas desigualdades sociais. Nosso alicerce são os saberes tradicionais das periferias, o conhecimento popular. Churrasco na laje, pagode na rua, futebol de várzea, poesia no bar.
Desenrola é desmistificar.
Desmistificar o óbvio. Desmistificar que periferia é tudo igual. Corpos negros, pobres e periféricos não são apenas estatísticas.
Desenrolar é desfazer.
Desfazer narrativas e imaginários que não representam os territórios e sujeitos periféricos. Desfazer os nós que não foram feitos por nós.
Desenrola é despertar o encontro.
Encontro de sonhos. Encontro de ideias e ideais. Encontro de possibilidades.
Desenrola é (des)construir.
Desconstruir olhares, narrativas, preconceitos. Enxergar além dos fatos.
Decifrar os códigos. Enxergar contextos. Contrapor discursos vazios.
Desenrola é mais do que um verbo, é a junção de vários. Junção da ação coletiva. A construção de pontes entre periferia e os espaços negados a quem veio dela.
O Desenrola é junção do singular com o plural. O singular de cada sujeito e território, com a pluralidade de histórias, lutas e identidades. Honrar quem veio antes e mostrou que era possível.
O Desenrola é construção conjunta. Crescimento e aprendizado coletivo que desenrola ações engajadoras e transformadoras. Só é bom se é bom para todos.
O Desenrola e Não Me Enrola é reflexo da busca por novas formas de contar sobre as periferias e suas potencialidades. A busca por ser mais afetivo e crítico. Desenrolar para os próximos que chegarão.